Sobre todas as surpresas que vivi no meu voluntariado na Colômbia.

Em março de 2019, Luana, de Sorocaba – SP, decidiu mergulhar na experiência do Voluntário Global. Também voluntária da AIESEC em Sorocaba, Luana aproveitou o período de incentivo para membros viajarem e garantiu sua viagem para Colômbia. Inicialmente sem pretensão de viajar e condições para tal e motivada pelas histórias de intercâmbio que vendia, Luana batalhou muito para viajar. Vendeu pizzas, trabalhou aos fins de semana para juntar dinheiro e contou para gente mais detalhes da sua experiência, vamos descobrir: 

1. O que te motivou a ir para Colômbia? Porque escolher esse país?  

“Não sei muito bem. Quando estava vendo os projetos, o país me chamou a atenção e o custo de lá é bom. Aí dei uma pesquisada vi a cultura, tudo que poderia conhecer e por ter um clima muito parecido com o Brasil também”.

Ruas de Montería

2. Como foi o processo de escolha do projeto ?

“O processo de escolha foi bem fácil já que dentro da AIESEC eu atuava na área de vendas, fiz o processo bem rápido já que conhecia o meio. A escolha do projeto foi por conta que era do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 (Boa saúde e Bem estar), que é o que mais me identifico e tem tudo haver com o que estudo, biomedicina”.

3. Qual foi o principal choque cultural que teve? Quais são as principais diferenças culturais de lá para o Brasil?

“Logo que pisei em Montería o trânsito me surpreendeu, porque lá é comum andar três ou quatro pessoas em uma moto. Outro choque cultural que tive foi a forma que a mulher é vista, acabam sendo mais conservadores e machistas, o que aqui já estamos caminhando para evolução. O modo que eles se vestem também é diferente, estão a todo tempo bem arrumados, as mulheres não saem sem se arrumar nem para ir ao mercado (risos). Um choque cultural muito bom foi a comida que era muito boa, eles comem muita fruta. É uma cultura muito rica que fiquei admirada e muito feliz quando percebi o quanto eles amam a própria cultura e não a de outros países”. 

Luana realizando seu projeto

4. O que sentiu nas primeiras semanas morando em uma casa de família? Como era essa relação com eles? 

“A princípio, me senti bem, foi quando caiu a ficha realmente do que eu estava fazendo (risos). Mas foi um período de adaptação e fui indo conforme eles me acolheram, porém já muito grata por estar em uma boa família. Logo de início me trataram e cuidaram com muito carinho, nos demos muito bem e fui tratada como filha. Acabei ganhando uma nova família a qual tenho contato até hoje. Digamos que um lindo laço que ganhei nesse país, ao qual me acolheram e me apresentaram sua cultura muito bem, foi uma troca muito legal”.

5. Quais foram os principais aprendizados do projeto? O que mais desenvolveu no intercâmbio?

“No projeto foi uma surpresa linda, mas estava apreensiva já que eu fui sabendo pouco espanhol e depois foi ótimo, pois aprendi na marra. Trabalhei em uma ONG chamada Kanguritos, onde dava palestras em hospitais e lugares mais afastados, em que fazia campanha de vacinação. Aprendi bastante, preparava com muito carinho as atividades  junto com mexicanas, que estavam trabalhando comigo. Desenvolvi empatia, gratidão, evolui minha comunicação e liderança. Quando vinham nós agradecer no projeto, era o momento que não tem explicação, é de muita gratidão e aquele pensamento de ser por isso que eu vim, o pouquinho de conhecimento e troca de cultura que acontecia era demais”. 

6. Qual foi o principal desafio que superou no intercâmbio?

“A comunicação, ainda mais por ser um idioma que eu não dominava e também o desafio de viver em outro país”.

Luana com as crianças de seu projeto

7. Conta pra gente uma situação engraçada que viveu em seu intercâmbio

“Tiveram várias, mas a primeira vez que viajei de ônibus para Tolum junto com outra intercambista brasileira, pegamos um ônibus muito precário e a van quebrou no meio do nada. Foi o maior “auê”, as pessoas do ônibus estavam brigando e nervosas, enquanto nós duas sentadas sem entender o que estava acontecendo. Foi tenso, mas depois só risada e ainda fizemos amizades. No ônibus também tinha uma galinha que uma família estava levando”. 

8. Tem alguma lembrança especial do intercâmbio?

“A minha família colombiana querida me deu uma festa surpresa de aniversário e de despedida que foi tão fofa, sem dúvidas o convívio com eles foi muito importante nessa experiência, me senti em casa”. 

Que incrível é ler um pouco mais sobre as experiências de intercâmbio, né? Ficou interessado em fazer um projeto também? Clica aqui e conta pra gente para aonde você quer ir!

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